16 julho 2013

Emoções, uma tremenda energia em movimento.


" O que este poder é eu não posso dizer: tudo que eu sei é que ele existe e fica disponível apenas quando uma pessoa está naquele estado mental em que sabe exatamente aquilo que quer e está totalmente determinada a não desistir até o encontrar. "  - Alexandre  Graham Bell.


Sexta-feira, 12 de julho de 2013 ficou marcado em mim. Um dia para se lembrar. Eu guardo emoções  e as eternizo em datas. É sou sensitiva. Gosto  de prestar atenção e sentir o que aquele acontecimento, aquela situação  irá proporcionar. E acreditem ou não são essas emoções  que conduzem as nossas decisões, e o seu sucesso certamente dependerá muito da  capacidade que tem para entender e interpretar.Elas podem dizer algo sobre o mundo e sobre suas atitudes que você não tenha percebido com precisão de outra maneira. As emoções são uma forma automática  de inteligência que não necessitam  de processamento consciente  da nossa parte. O que de fato é necessário é prestar atenção ao sentimento causado ( irritabilidade, raiva, dor, saudade, cansaço, fadiga, decepção , esperança, alegria, paz, conquista  etc.) 
Hoje  eu quero compartilhar a emoção da vitoria associada a perseverança. Nossa mente é fantástica. Tem poder para nos fazer buscar aprendizados, técnicas e até a ouvir dicas que ficam lá no subconsciente mesmo após anos. Moro em Teixeira de Freitas há 13 anos,desde que cheguei aqui, nunca pisei em uma pista de atletismo. Pouca gente sabe, compartilhei sobre isso no  meu Instagram em abril, eu corria. Competia e tudo. Tinha uma velocidade incrível nos 100m  e 400m  com bastão, meu salto  dava pro gasto, enfim era melhor nas pistas, tinha boa largada e sabia fazer jus a uma chegada. Ganhei por equipe, ganhei individual.  Algo que sempre ficou muito bem claro quando treinava era... "Não se desiste no meio da prova, queira o pódio, mas  ainda que ele não esteja ao  seu alcance, persista! A emoção de concluir  ira te preparar para vencer. " Amava correr. E tudo começou nas aulas de Educação física no ginásio, meu professor Carlos  tinha escolinha de atletismo, como me destaquei no grupo ele me convidou para fazer parte da equipe dele. Nunca vou esquecer o dia da primeira medalha e de todas as outras. Gente que emoção forte!!!! Nos treinos você  sente um experimento dessa sensação , mas na competição, onde outras emoções e competidores diferenciados estão ali, é muito diferente. Por alguns motivos relacionados ao dia da competição ( geralmente era aos sábados) e uma lesão no joelho eu decidir sair da equipe.  Eu treinei e competi dos 11 aos 15 mais ou menos. 17 anos depois pisei novamente em uma pista. As alunas estavam correndo  e fui observar, elas gritaram... Tia mi,  vem correr com a gente?Que convite!!!! Na hora topei, claro meu cérebro imediatamente buscou as informaçoes dos treinos, a posição os comandos, tirei o relógio do braço e disse:marca o tempo. Visualizei a pista e aos 32 anos  tinha a euforia da adolescência . Quando as crianças deram o grito de largada não sei de onde saiu tanta força pra partir,  já não tenho a mesma forma física, muito tempo sem treinamento, no entanto ainda sabia tudo, o movimento dos braços, velocidade dos passos, como equilibrar  a respiração e o empenho dos passos... parte forte pra pegar impulso,  modera no trajeto e usa toda sua  velocidade e vontade no final da prova. Realizamos  duas corridas. Na primeira 100m minha aluna chegou  junto comigo, antes ela estava ganhando de todas as colegas, ela é boa mesmo, tem velocidade. Ela disse: tia mi, você é boa chegou junto comigo! Sorri e contei pra ela que fazia atletismo. Ela  se sentiu desafiada e disse, vamos novamente? Só que agora a pista inteira. Eu estava exausta gente, no entanto aceitei o desafio. Expliquei umas coisas ao grupo e disse  _  até o final, não importa quem vai ganhar. Foi legal, nesse momento elas foram chamar até torcida organizada. ( rs)  Enfim partimos, eu não larguei bem, estava cansada, e outros detalhes como cabelo solto me fez perder velocidade, atrapalha a visão mas fui. As meninas dispararam numa distancia considerada, pra quem não entende de corrida  apostaria que elas ganhariam, eu que estava bem atras, mantive o ritmo, acompanhando que os passos delas estavam diminuindo , quando bate o cansaço e a vontade de parar ( eu também sentir) você precisa usar a emoção e enviar comando aos cérebro. Visualizar a chegada e usar toda sua vontade de ganhar aliada a força. Eu ganhei a prova, por uma pequena e grande diferença... Vontade, persistência, técnica e principalmente por não ter parado. Elas pararam muito pertinho da chegada  pra olhar onde eu estava, e como eu vinha com o impulso ultrapassei.  Naquela sexta feira eu revivi a emoção a liberdade e a vontade de vencer. Era uma competição comigo mesma. E no final descobri que mesmo fora de forma eu ainda consigo realizar uma prova de 200m em 1Min2seg  e 96 milésimo. Uma emoção tão rápida  que dura até agora. Revivi uma sensação da qual não me lembrava, mas toda essa emoção  gerou um turbilhão de novas emoções e isso foi e está sendo, um  poderoso  presente!!!